Medíocres e Patéticas Pessoas

Medíocres e Patéticas Pessoas

sexta-feira, dezembro 20, 2013

O Mundo aos Vossos Pés

Previamente mostrei indicações em como detectar pessoas mesquinhas e patéticas. Mas não se esqueçam que só falei de algumas. Seguramente existirão mais que, ou eu me esqueci de mencionar, ou ainda não as conheço. De qualquer maneira, dei por mim a pensar que, na medida que os tempos passam e se vão alterando, altera-se também o carácter ou, em muitos casos, acaba-se mesmo por se perder.

Embora hoje em dia, talvez tenhamos mais oportunidades e ou conhecimentos, ou a maior parte de nós tem, e, por isso, deveríamos sentir-nos mais completos e prestáveis, na realidade acontece o oposto. Estou a falar no geral, claro. Sei bem que existem ainda boas pessoas no mundo fora, muito humanas e prontas a ajudar e apoiar o próximo, sem terem em mente qualquer ganho.

Mas o que me assusta, de facto, é que estas pessoas são cada vez mais escassas. Pois o Homem está, no geral, a perder a sua humanidade. Estamos a tornarmo-nos cada vez mais patéticos. As pessoas deixam de se importar uns com os outros. Mais uma vez, não todos, só mesmo os mais apatetisados, os mais cruéis, os mais perdidos. Esses sim, estão a aumentar. Por cada amigo bom que se faz, conhecem-se uns 15 idiotas. Por cada bom familiar que se perde ganham-se 5 ou 10, que com gosto te destroem a vida e te invejam, como ninguém no mundo deveria, especialmente sendo familiares. Hoje em dia, a vida perde o seu valor. És apenas um número, que perde a sua importância, assim que deixes de trazer dinheiro à carteira de alguém. Assim que deixes de seguir alguém cegamente. Assim, que compeces a utilizar o teu próprio cérebro, seguindo os teus próprios sonhos, ideais, pesamentos e sonhos. Assim que te oponhas a alguém ou a alguma coisa. Assim que tentes fazer com que as pessoas se apercebam que a sua liberdade acaba onde a tua começa, a pessoas que isso não queiram ver. Vivemos num mundo, onde as pessoas matam por um pedaço de terra. Onde os teus vizinhos te podem insultar e ameaçar, só porque não gostam da tua forma de andar. Onde as crianças não estão mais seguras a brincar na rua. Onde não se pode sair de casa, sem ter, mesmo que inconscientemente, medo que esta seja assaltada. Onde animais são vistos como propriedades, podendo ser maltratadas e negligenciadas, sem que seja criada uma lei que os proteja do prazer e divertimento de quem deles deveria cuidar. Onde as leis são feitas para os ricos e fortes e não para quem precisa de protecção. Onde Juízes condenam, por vezes, inocentes e deixam os culpados escapar impunes para usufruir do seu muito dinheiro.

Um mundo que emite, bombardeia imagens constantes de homicidios, suícidios, genocídios, raptos, assaltos, violações de direitos humanos, abusos sexuais, pedófilos, crianças desaparecidas, lixo humano... Imagens que sendo lamentavelmente verdadeiras, são o centro dos noticiários por todo o mundo. Mostram-nos o estado em que o Mundo se encontra enquanto que, ao mesmo tempo, o banaliza. As informações que nos chegam, não são só meramente para que saibamos. O objectivo é criar pânico, para que nem em ti próprio confies. Criam a sensação de que não é errado ser mau, porque senão o fores alguém o há-de ser, então mais vale que sejas tu a beneficiar disso. Na realidade se não tiveres carácter, a televisão mostra que te safarás e ainda apareces no noticiário principal. Eu estudei que os média deveriam ser um instrumento de aprendizagem. Mas que te ensinam? A ter cada vez menos respeito pelas pessoas e pelas liberdades dos outros. A ser cruel, vazio, sem sentimentos, influenciam a perda da tua humanidade, a ser patético. Tudo pode ser feito, porque algum idiota o permite, ou sobre ele cairá a culpa. Ou simplesmente porque um quer e pode.

Tenho vergonha naquilo em que o ser humano permitiu-se a si mesmo transformar, naquilo que fez do mundo. Mas ao mesmo tempo também me orgulho nas pessoas que fazem mais que eu. Pessoas que realmente ajudam em escalas maiores. Seres humanos que fazem e dão o seu melhor, para serem as vozes do que se vê diariamente na televisão. Pessoas que usam o tempo que têm e o que não têm e todas as energias para mostrar ao Mundo que ainda vievem nele Humanos. Homens e mulheres que lutam diariamente contra tudo e todos para proteger as nossas crianças, para as encontrar quando desaparecem, para encontrar e trazer à justiça quem as quer magoar. Que juntam esforços para prender quem ainda pensa que escravatura é uma boa forma de manter o trabalhador motivado. A toda a hora tentam salvar animais que são maltratados, negligenciados. Que educam outros, para que não se transformem em pessoas patéticas.

Só assim acabará. Quando as pessoas forem educadas, quando se ensinar e mostrar a essas pessoas patéticas e mesquinhas que não estão a ajudar, pelo contrário estão a prejudicar tudo e todos, incluindo eles mesmo. Quando todos, pobres ou ricos, brancos ou pretos, gordos ou magros, com diplomas ou sem, TODOS, se aperceberem que sem o nosso lado humano, vamos acabar por extinguir a nossa espécie. Em todos os ciclos da vida, as espécies acabam oir ser extintas. Seria uma pena pensar que a nossa causa de extinção seremos nós próprios e, por esse motivo, não fomos capazes de deixar uma boa marca no mundo da nossa espécie tão sobredotada. Nós, que julgamos ser superiores às outras espécies, acabaremos sem glamour. Acaberemos como a espécie mais fraca da Terra. Os únicos que mataram por divertimento e não por sobrevivência ou necessidade. Os únicos que foram tão arrogantes de se acharem o centro do mundo, acabando por eliminar todas as espécies, toda a confiança,todas as características que constituíam a sua verdadeira essência e o seu verdadeiro eu, humano, o centro do mundo.

Dou aqui mais um exemplo. Em cada 10 segundos um cão saudável é morto nos E.U.A., só porque o ser humano fez dele uma utilidade, que ao se tornar um fardo, o eliminou. Porque alguém pensou que podia ter um cão, mas depois se apercebeu que era demasiado para si. Porque alguém se fartou. Porque um cão não é um peluche. Porque deixou de ter tanta piada. Porque come demasiado, ladra demasiado, defeca demasiado. Seja porque motive for: 10 segundos. 10 segundos meus senhores e minhas senhoras, é quanto é preciso para uma acção, dessas pessoas patéticas e más, das quais tenho vindo a falar, ter uma brutal e real consequência.

Os ditos seres-humanos estão de tal forma tragicamente embebdados consigo mesmos, que ignoram estes comportamentos e o que essas consequências, na realidade, implicam. Pior ainda, tendem a agravar esse comportamento e a extendê-lo a tudo o que surja à sua frente. E, tu, que tão corajosamente e vivamente lutas contra estas bestas, vais estar também no seu caminho. Podes tentar proteger-te, mas não sabes na realidade de quê. Quando se conhece o inimigo, até o corpo já está preparado. Mas se confias na pessoa certa ou não, se essa pessoa pode mudar drasticamente e arrastar-te no lixo com ela, isso não podes saber...

De qualquer maneira acredito que devemos continuar a lutar e fazer frente a essas pessoas. Não podemos deixar que nos vençam, pois quem irá falar pelos que não têm voz? Quem irá proteger os desprotegidos de acções cruéis? Quem te irá proteger e os que amas? Quem te irá proteger contra a tua própria espécie? Temos de continuar a lutar pelo que acreditamos. Não importa quem está do outro lado do banco. Não importa que seja o teu próprio sangue, ou apenas parentes distantes. Amigos, melhores amigos. Colegas de trabalho ou da escola. Não podemos permitir isto. Não é possível continuar a vida sem nada fazer. É preciso acções e não só palestras. Nem que seja uma pequena acção, como dizer aos teus opressores: “eu não vou permitir que me uses mais!”. Desistir de uma relação que só te causa estragos, embora tentes desesperadamente que essa pessoa te ame e respeite.

Porque é isso que o amor é: Respeito. Tonto é o que acredita que uma relação de sangue se sobrepõe às outras. O sangue é só algo que se partilha. Não digo que devemos desprespeitar, mas se essa conexão não te traz amor nem respeito e por, consequência, nenhuma consideração, porquê então mantê-la? Pode ser dificil, mas penso que é pior continuar a batalhar por algo que não quer, nem merece ser conquistado.

O sangue é só uma ligação e fraca, quando há falta de respeito. Em todos os sentidos. Tenho amigos que são mais importantes do que pessoas a quem estou ligada por laços de sangue. Tenho uma relação muito mais forte com o meu marido que ele poderá ter com qualquer familiar. Partilhamos amor. Respeitamo-nos em todos os sentidos. Damos parte de nós e sujeitamos a nossa vontade pelo nosso amor. O amor da família, não assenta só em sangue, embora esse devesse ser o principio. Mas na realidade não é só isso. Em muitos casos, isso nem significa nada, quando vemos uma mãe abandonar o(a) filho(a) por dinheiro, ela deixa de o/a respeitar e de o/a amar. Deixa de ser humana. Só se importa consigo. E, talvez um dia, se ela precisar dele(a), talvez o/a procure de novo. Seja por que necessidade for. Por necessidade de perdão, pois sem isso não consegue dormir, ou pela atenção que lhe falta, ou até mesmo por questões financeiras e morais, ou simplesmente para que outros sintam pena dela. O problema é que essa necessidade só será realizada de uma parte, pois quando o filho ou filha precisaram, a mãe não estava lá. Ela não esteve lá quando o(a) filho(a) ficou doente, nem quando ele/ela chorava enquanto a via partir. Ela nem olhou para trás...

Isto acontece todos os dias, a toda a hora, por todo o mundo. Muito certamente, em cada 10 segundos, ou infelizmente menos tempo e numa crueldade ainda maior. Isto é o estado do Mundo. Aqui se vê o quão patéticas as pessoas se estão a tornar. Quando não conseguem pensar além do seu próprio ego. Quando só vêm o seu próprio benefício. Quando não se tem a capacidade de amar sem nada em troca. Quando só se consegue amar a si mesmo, não se conegue amar mais ninguém. A pobreza de espírito está a espalhar-se, assim como uma maçã podre consegue destruir todas as maçãs boas à sua volta. Por favor abram os olhos. Parem de maltratar tudo e todos. De se maltratarem a si próprios.

Quem vai querer estar perto destas pessoas, quando tudo à sua volta apodrece?

Sim, claro que nós podemos aprender a proteger-nos das vossas acções cruéis. Mas são vocês, gente patética e mesquinha, que terão, de facto, de se alterar. São vocês que terão de abrir os olhos para o que se passa, à vossa volta. Para as consequências das vossas acções e palavras. E, mesmo depois disto, se quiserem continuar a pensar que só vocês são importantes, então pensem bem. Abram mesmo os olhos.

As consequências não irão cair só num qualquer idiota que apareça. Mais tarde, ou mais cedo, cairão também sobre vocês mesmos. Não se esqueçam, vocês estão a destruir o que tanto anseiam: O Mundo aos vossos pés!

terça-feira, dezembro 17, 2013

04.12.2013/ Introdução

Talvez devesse começar por me apresentar. Não porque pense que o meu nome irá ficar na sua memória, mas porque as minhas histórias podem ser semelhantes às suas, ou pense que pode aprender com elas. Nesse caso, iremos estabelecer uma espécie de amizade e, por isso, penso ser importante conhecer-me minimamente.
Prometo tentar não me alongar. Nasci no ano de 1984, não um ano de grande importância para a História da Humanidade (pelo que descobri, foi o ano em que a Apple lançou o seu primeiro Macintosh; Jaime Lusinschi torna-se presidente da Venezuela; mais de 4000 pessoas morrem na Índia, devido a um acidente químico; e o prémio Nobel da Paz foi entregue a Desmond Mpilo Tutu); mas foi de  importância para a história da minha família. Receberam a sua segunda criança, uma gravidez não planeada, mas uma vez surgida, tão desejada como a primeira. Cresci numa pequena cidade em Portugal, onde não há muito para contar nem muito para ver, mas perto de cidades importantes, como Aveiro e Coimbra, onde estudei e desenvolvi parte de mim. 
A minha família era da classe média, pelo que fui uma criança feliz e afortunada, tendo viajado mais que muitos dos meus colegas, fui a primeira a ter um leitor de CDs, DVDs, uma aparelhagem, internet e tv por cabo. Também tive duas cadelas lindas na altura (a mais pequena era terrível, ladrava e mordia, mas adorava-nos tanto que era melhor guarda que a grande). Vivia com os meus pais, irmã mais velha e avós, que, mesmo com 70 anos ajudaram os meus pais a criar-me e a minha irmã. Morreram quando eu já estava na universidade. Pelo menos sempre me viram preparar o meu futuro, mesmo que ele tenha seguido outra direcção! 

A minha casa era grande e ficava perto do liceu. O local ideal para as minhas primeiras amizades fugirem de onde  queriam fugir. Todo o furo, toda a tarde livre, a minha casa enchia-se de pessoas pequenas, com a ideia de perfeita noção da sua grandiosidade e a clareza do que o futuro trazia, quando na realidade não passávamos de adolescentes, sem qualquer perspectiva realística de futuro, nem a mínima ideia do que ainda teríamos para aprender. Algumas das quais foram as primeiras ridículas pessoas que conheci.
Nesta fase das nossas vidas os nossos pais passam de super heróis para velhos chatos, que nos obrigam a fazer coisas que não queremos e nos proíbem de fazer parvoíces, as quais achamos que são de tamanha importância, que até o Papa nos devia dar benção para as fazer! 

Se neste momento tenho adolescentes a ler estas palavras, vão surgir nas suas mentes vozes a dizer "os adultos têm sempre a ideia que sabem tudo, mas não percebem nada!". Sim, realmente é assim. Mas não totalmente. Os adultos tendem a assumir que tudo sabem, porque já foram adolescentes. Mas na realidade quando passam a adultos tudo muda. Já fomos adolescentes sim, que cometeram bastantes erros, que não desejam ser repetidos pelas novas gerações. Mas continuam a não saber tudo. As épocas mudam, as mentalidades alteram-se com elas, surgem sempre novas modas, novas tecnologias, novas formas de perigo que assustam os adultos e os levam a entrar em pânico, proibindo sem explicar. Por outro lado, os jovens entram na fase do super conhecimento, da total verdade e apenas ignoram o que lhes e dito e reclamam constantemente. 

No fim de contas é a teimosia de ambos os lados que não leva a consenso. Na realidade temos todos de aprender uns com os outros. Os mais velhos têm o conhecimento de vida, que os mais novos julgam ter, mas estão longe disso; e os novos têm a sabedoria do seu tempo, que pode trazer perspectivas diferentes aos mais crescidos. 

Na realidade os adultos ainda cometem erros, ainda não sabem em quem confiar, e é por esse mesmo motivo que tentam guiar os mais novos com o pouco que sabem, pois sempre sabem mais do que quem ainda não viveu certas coisas. De quem já não é tão ingénuo.

O que noto de geração para geração é que quanto mais têm, mais amorfos se tornam. Tudo lhes é garantido e a maioria não tem de lutar pelo que tem nem pelo que quer e tornam-se cada vez mais patéticos e depressivos. Perdem o lado de sobreviventes, de lutadores, não sabem o que querem nem o que precisam e, mesmo que saibam, as gerações anteriores boicotam o seu futuro, pois já se tinham patetificado e continuam a se patetificar. Mas esta discussão não a vou ter agora.
Acho que agora já dá para entender um pouco quem sou, por isso vou ao assunto que aqui me trouxe, primeiro tenho que contextualizar um pouco, mas já vão perceber. 
Quando eu era mais nova, tinha tudo planeado: eu era tão especial que tornar-me-ia uma cantora e actriz famosa, viveria nos U.S.A ou Inglaterra e só assim seria feliz. Não iria poder ter família, nem marido, pois não poderia perder tempo com isso. Planos idiotas de alguém que passava demasiado tempo em frente à televisão a assistir a MTV (a qual ainda não era inundada com seriados a fugir para o erótico - isto para ser simpática -, e ainda se podia ouvir música, todo o tipo desde Metallica a Whitney Houston e, pelos intervalos se podiam ver séries como Beavis and Butt e Daria, por exemplo). Planos que se alteraram quando perdi o meu lado especial, a minha genuidade, a mim própria. Em dois anos perdi os meus avós e o meu pai. E só quando conheci o meu marido me voltei a encontrar. Soa a cliché, mas no meu caso foi verdade. 
Também pensava que iria conhecer milhares de pessoas, das quais só poucas iriam ficar na minha vida e memória e, as restantes seriam tão pouco importantes, que me iria esquecer facilmente delas. E imaginava que mais velha, velha como a minha avó, a relembrar e reviver as histórias e as pessoas importantes que me marcaram, pela positiva, a minha vida. Acontece que na realidade, eu acabei por me casar e ter um filho - as razões da minha vida -, o contrário do que pensava, sendo dessa forma muito feliz (da forma que um consegue ser feliz neste mundo).

Não sou nem cantora, nem actriz e, acima de tudo não sou famosa. Realmente saí do meu país, mas não para os States nem Inglaterra e não pela fama. Saí pois o meu país não me deu outra hipótese e tive, como muitos, de procurar trabalho noutro país. Em Portugal tentei como jornalista e outras coisas, mas ou não recebi resposta, ou não tinha experiência de trabalho - algo que todas as firmas pedem, sendo ridículo, pois se todos pedem onde vamos nós arranjar experiência? -, enfim...

Acabei por vir ter à Suíça, Zurique, onde me forcei a aprender alemão e acabei por arranjar trabalho como assistente em contabilidade. Eu, que sempre fugi de matemática, por odiá-la. Irónico, não? 
Isto para traduzir que nem sempre o que sonhamos acaba por acontecer, ou será o melhor para nós. Os planos ajustam-se às mudanças dos tempos, das necessidades e da vida. 
Nunca pensei que a vida de adulto seria tão complicada. Desejei tanto ser adulta, para ser livre, para poder reagir, mas todos os dramas da adolescência não desaparecem, eles intensificam-se. Não quero assustar os jovens, mas a realidade é que com a liberdade acresce a responsabilidade e, a isso juntam-se problemas de dinheiro, contas para pagar, uma impressionante luta para manter tudo e equilibrar a vida do trabalho com a vida familiar e pessoal. 
Ninguém nos disse que a vida iria ser fácil, nós é que pensamos sempre que os adultos têm a mania que sabem. Para uns mais difícil que para outros, há quem julgue ter uma vida mais complicada do que tem e ainda quem a gosta de complicar. Mas a realidade é que como seres humanos complexos que somos, a nossa vida teria de ser um reflexo disso: uma complicação!

Quando me queixava dos que me insultavam na escola, das minhas amigas terem namorados e eu ser demasiado infantil para querer ter um e acabava por ser posta de lado pois elas tinham que namorar. Enquanto eu brincava com bonecas e jogos até aos 14, 15 anos, ignorava o facto de nesta altura ser mais genuína, de estes serem os meus melhores anos (podia passá-los sem ser tão gorda, mas bebia demasiada coca-cola...). Nessa altura eu conseguia tudo, eu sonhava mais alto, os sentimentos eram novos e eu vivia-os em exagero. Eu sabia perfeitamente que iria encontrar o amor da minha vida, esbarrando-me, literalmente, contra ele numa cena típica de filme, onde os livros caíam no chão e, tscharan, o amor acontecia. Na realidade, não fui de encontro com o amor da minha vida, mas ele tamb fez uma entrada típica de filme e agora temos o nosso próprio para contar e escrever sobre ele. Mas essa história e demasiado boa para ser contada nestas páginas!

Como eu comecei, eu realmente imaginava-me só a lembrar as boas pessoas que conheci, mas a realidade é que estou aqui, não tão velha como imaginei e, já a pensar nisso. Não só nas com quem estabeleci relações que aias perduram e que vão perdurar, mas também naquelas patéticas que criaram dramas e com eles me magoaram e eu, por falta de oportunidade ou por outros motivos, não pude reagir nem responder a provocações, acusações a filmes de tão baixa produção, dos quais nem tinha sido informada que iria fazer parte. Pessoas que não consegui trazer à razão, nem reagir nem responder. Já sei que o melhor seria esquecer, como muitos me dizem. Já o meu avô dizia que não se deve pedir às pessoas mais do que elas podem dar. Mas eu não sou assim, não consigo esquecer tudo. 
Sou humana e também erro, mas tento pedir desculpa e emendar assim que reparo no erro, ou me fazem aperceber dele. Também há erros que cometi que nem imagino, porque a solução da outra parte foi ignorar-me e, aí não há muito que possa fazer, pelo que o caso se encerra automaticamente. 
O meu problema é que, felizmente ou infelizmente, vivo as coisas demasiado intensamente. Quando amo dou a vida, mas quando essa relação é quebrada, quando há falta de respeito e a confiança é quebrada, eu simplesmente não consigo esquecer o que foi dito, feito ou do que fui acusada... Eu confiei profundamente na relação que tinha desenvolvido ou tentava desenvolver com essa pessoa, fechei os olhos às suas falhas, por não querer julgar, por achar que todos têm direito a outras hipóteses, porque cada um tem o seu passado. Vivo a relação intensamente, mas também os estragos por esta causados. E se chegar o dia em que me peçam desculpa, dependendo do que foi feito e dito, eu não consigo perdoar na totalidade, já que nunca vou esquecer nem deixar de odiar o que me magoou. Torna-se impossível, portanto, recuperar a confiança que outrora, por crueldade ou ignorância, foi jogada a perder por outros. 
Sei também que em parte, a culpa é minha. Não consigo dizer que não, tenho dificuldades em estabelecer limites e barreiras, muitas vezes, por não querer perder essa pessoa. O resultado é que partem então do pressuposto que tudo pode ser feito e dito, que eu acabo por esquecer, não ligar. Na realidade, isso transforma-me numa panela de pressão e um dia a tampa salta e eu digo "chega!". Aí a verdadeira face dessas pessoas patéticas revela-se e, a sua ignorância, atira-me para um lugar muito longínquo, de onde é difícil eu regressar. 
O problema é que não há como aprender a lição a 100%. Ninguém, por muito que te alerte, consegue explicar bem. Por muito que uma pessoa caia no erro de confiar em alguém errado e, com isso aprenda, há-de surgir uma dessas pessoas patéticas, com maior agilidade para se esconder que as outras, e volta-se ao mesmo erro. 
Sem dúvida que já devo ter magoado alguém, eu tento evitar, mas as diferenças de carácter por vezes têm esse resultado. A diferença é que eu não faço algo propositado, com intenção de me beneficiar a mim própria, com a intenção de denegrir a imagem de alguém, para melhorar a minha, de usar a pessoa e deitá-la fora, como se o papel rasgado se tratasse, para meu próprio divertimento. 
Isto não significa que não tenho encontrado pessoas, que realmente dão significado a palavras como amizade, respeito e amor. Mas infelizmente, essas medíocres e patéticas pessoas tornam partes do teu ser como que em bens estragados. Muitos dos males que me causaram já foram esquecidos, mas há outros que ardem e consomem de formas que nem consigo recrear por palavras. Aqui conseguirei desabafar o que, de certa forma, me vai na alma que, por vários motivos, não foi deixado sair no devido motivo. 
Certamente esse tipo de pessoas que coloquei no cesto como patetificadas, não pensam em mim, ou talvez me odeiem e nem irão ler estas palavras e, sejamos sinceros, se lerem talvez nem se percebam que estão aqui retratados.  Mas espero que a mensagem, de alguma maneira consiga chegar ao seu destino. Senão pelo menos anda por esse mundo fora! 






05.12.2013 Como detectar pessoas patéticas e medíocres

Vou tentar explicar como é que certas pessoas vieram aterrar à minha vida e a tentaram destruir, que por intervenção divina ou sorte, sem sucesso. Talvez este Post no final funcione como um guia para detectar pessoas deste nível: patéticas e mesquinhas; quando no inicio surgiu apenas como uma forma de eu me recordar do que passei para que nos anos vindouros (que espero ainda serem muitos) eu não caia nos mesmos erros, ou pelo menos não com tanta força. ao mesmo tempo que me liberto e desabafo tudo o que tenho vindo a armazenar ao longo dos meus poucos anos de existência!

 O primeiro passo a tomar em conta será mentalizar-se que os humanos são acima de tudo animais (alguns umas verdadeiras bestas...). Talvez tendam a superiorizar-se de outras espécies, mas na realidade os instintos e comportamentos animais estão no seu interior. E, por esse motivo, independentemente de tentarem esconder com perfeição a sua verdadeira intenção, acabam sempre por baixar a guarda, numa ou outra altura, revelando sinais, permitindo à nossa percepção trabalhar.

Se pensarmos no caso dos cães, analisando e pesquisando sobre o assunto, eles mostram sempre sinais do seu comportamento, quer estejam felizes, tristes ou prontos para atacar.

Eles emitem avisos, apesar de muitas pessoas não quererem dar-lhe atenção. Nessas alturas podem acontecer até coisas trágicas que o ser humano poderia ter evitado se tivesse tido atenção aos avisos dos cães. Com os seres humanos é igual. A unica diferença é que os cães não têm livre arbítrio, pelo que no meu ver não podem ser culpabilizados pelos seus actos, mas o seu dono que permitiu seja porque motivo for que o cão tivesse tido aquele tipo de comportamento. 

No caso dos humanos, eles também transmitem sinais (na maior parte dos casos – não falo aqui de sociopatas, nem de psicopatas... estamos a falar só de pessoas crueis sim, mas que não levam a sua crueldade ao ponto de exterminar a vida do inimigo, pelo menos não fisicamente), o problema é que nem sempre é fácil de os querer perceber. Pois é mais fácil desculpar tudo e pensar que será tudo na nossa cabeça do que realmente ter em atenção ao que se passa à nossa volta. Nesse caso, tome uns segundos quando conversa com alguém. Repare no olhar, nas reações a algo que surge inesperado. Claro está que existem sempre pessoas que se profissionalizam na arte da ilusão e conseguem esconder por mais tempo, mas um dia mais tarde ou mais cedo, surgirá um momento em que esses sinais aparecem , nem que por meros segundos. Nessa altura, se por acaso está num local seguro, a bomba não lhe rebenta nas mão. O problema surge quando só observa o que quer e já está tão impregnado nas conversas dessa pessoa que, quando a bolha rebentar, cai mesmo em cima de si. Aí não há muito a fazer. Pode chegar a doer mesmo muito, mas só tem que dar tempo e esperar que da tempestade surja a bonança...

Esta é a parte complicada no amor, no afecto e na amizade. Não falo só em relações amorosas, falo em todo o tipo de relações. Irmãos são capazes de matar irmãos até só com palavras, pais podem magoar os seus filhos, mães abandonam crianças, amigos poderão te ignorar do dia para a noite. Tudo porque tu fechaste os olhos. Ignoraste os sinais de aviso. É mais fácil encontrar falhas em pessoas que não se conhece há tanto tempo, ao mesmo tempo que se ignora os ditos sinais em pessoas com as quais construiste ou já tinhas uma relação, como família a qual não podes escolher (este ultimo, se mostra ser o mais preferido). O amor que tens, pensas ter ou tentas ter por outro, pode ser realmente muito bom, mas se é pela pessoa errada, seja familiar, conhecido, amigo ou amante, vai-te magoar demais . Estes são os grandes dramas de que tenho vindo a falar. Um dia essas pessoas patéticas e pequenas de espírito vão virar-se contra ti, como frequentemente fazem. Para pessoas ignorantes, tudo é um drama e quem não entrar nesses jogos patéticos, terá de ser eliminado do percurso a qualquer custo. Para muitos demora quase que uma vida, outros não aguentam a farsa por tanto tempo. Mas esse dia surgirá. Lembrem-se que se essas pessoas no fundo sabem que não podem confiar nelas mesmas, porque deverás tu?

Aviso #1: Ter cuidado com pessoas que sorriem constantemente, não sorrisos simpáticos, mas os demasiado simpáticos os forçados. Nunca deixar isso de lado, porque traz dois significados acarretados. Primeiro a pessoa não leva a vida demasiado a sério, pelo que a pessoa não tem em consideração mais ninguém a não ser a si mesma. Não acredita dever nada a ninguém. Elas é que têm os problemas todos do mundo e por isso os outros não são importantes. E segundo, não têm ligação com honestidade nem confiança. Falsos sorrisos são uma amostra que a pessoa nem consigo própria consegue ser honesta, quanto mais com os outros. Claro que analisando as coisas, este facto tem lógica, mas as boas pessoas tendem a ignorar tal e a deixar-se levar pela falsa simpatia.

Aviso #2: Olhar nos olhos. Mais cedo ou mais tarde revelam quem está à tua frente. Tentar perceber olhares de desprezo que por vezes se escapam. Descobrir através do brilho ou vazio de um olhar, a frustração e inveja dessa pessoa quando tu falas e o julgamento que tecem de ti com o olhar sobre o que tu falas. É dificil explicar em palavras, mas no dia em que pela primeira vez consigas desvendar isto, vai ser mais fácil perceber quando te tomam como um alvo fácil de eliminar. Tudo isto se pode perceber num olhar, num segundo, num momento em que realmente se olhe com atenção.

Aviso#3: Quanto mais se conhece uma pessoa, mais essa pessoa abre a boca. Sem querer julgar, mas por norma, pela minha experiência, quando dessa boca só sai porcaria, deverás ter em atenção que as suas mentes caminham no mesmo sentido do que da sua boca sai! Nada de bom sai da boca de ignorantes. Não falo em ignorância só cultural. Falo também em ignorância de comportamento e de educação. Não quero com isto dizer que uma pessoa precise de um diploma universitário para assegurar a sua bondade. De todo, o meu avô com a 4ª classe tinha mais conhecimentos do que eu alguma vez terei. Falo apenas das pessoas que não conseguem ter nada interessante para falar. Nada genuíno. Um cérebro que lhes permita se ajustar a diferentes temas. Senão esse cérebro vai-se entediar, que acabará por fugir ao cerne da conversa e tentar desviar as atenções às tuas falhas para que ela se torne assim o centro das atenções. Ao colocar-te numa posição mais delicada, pensa que assegura assim o seu papel de actor principal. E é nesta fase que o espectáculo começa...

Aviso#4: A falta de interesse naquilo que pensas, no que constitui a tua essência, vai levar a que essas pessoas patéticas balbuceiem sobre a vida de outros, sejam vizinhos, colegas de trabalho ou de escola, amigos, namorados, pessoas que se sentam na cadeira ao lado... o que for possível colocá-la num lugar superior em relação a esses. É um facto estudado por psiquiatras e cientistas que estudam os nossos comportamentos, a forma melhor de alguém se tentar sobressair, quando sabe que não tem valor, é tirando esse mesmo valor aos que o rodeiam. Nesta cenda entra a frase:”Se alguém fala da vida do vizinho, o mais certo é falar ao vizinho da tua vida.” E isto aplica-se a todos. Seja alguém que recentemente conheceste, um amigo(a), namorado(a), colega de trabalho, irmã(o), mãe... E se tens destas pessoas perto de ti, prepara-te vai surgir o teu dia, pois tal demonstra falta de carácter!

Aviso #5: Portanto, afastar-se de pessoas ignorantes e proteger-se delas, é uma boa solução. Pode pensar que a sua ignorância são sinónimo da sua humildade. Em alguns casos até sim, mas na generalidade, essas pessoas têm apenas uma falta de perspectiva e não têm qualquer noção de como se devem coportar, como devem lidar consigo nem de como o devem escutar. Em geralm tendem a não saber respeitá-lo, nem como fazê-lo, por muito que educadamente lhes tente impor limites. A ignorância é um mal que pode tornar uma pessoa num ser muito cruel. Eles próprios acreditam piamente que por serem burros, podem fazer e dizer o que quiserem, sem sofrerem qualquer tipo de consequência, pois os outros atirarão a culpa para a falta de principios e educação incutidos na sua vida. Até se pode deixar ir na cantiga uma vez, mas mais que isso... Só lhe posso dizer que terá um tipo de acção que não pode imaginar.

Aviso #6: Pessoas que tentam ser o centro do mundo. Seja porque motivo for, ou porque simplesmente faz parte do seu carácter uma necessidade ridicula de atenção. As gargalhadas mais altas que os restantes à volta, as piadas forçadas, o desespero por atenção e a necessidade de, a todo o custo, concentrar as atenções todas nela(e) própria(o). Tal vai lhe poder reparar que essa pessoa não tem qualquer tipo de problema em começar com piadas de mau gosto sobre todos que estão presentes, em especial pela pessoa mais frágil ou pela que a sua inveja se centra. E essa pessoa podes ser tu! Chegam a ponto de colocar todos contra ti, caso seja necessário, só para que ele ou ela seja adorado e a tua imagem seja destruida. Uma história pode ser por essas pessoas de tal forma destorcida que, até para ti, senão soubesses a versão toda, iria soar como se tu fosses o culpado.

Aviso #7: O perigo vem disfarçado. Pessoas que não têm noção de nada, mas julgam-se detentores da verdade e sabedoria suprema. Que julgam ter uma bagagem cultural maior que o mundo, quando na realidade só sai (desculpem a expressão) caca. Falam sobre tudo e sobre tudo dão opiniões. Mas na realidade nem sabem do que estão a falar e até são capazes de o confundir balbuciando conhecimento falso por entre palavras caras. São pessoas que falam de ciências, de medicina, de cultura e no entanto demoram mais de 10 anos para acabar um curso universitário. São crianças más disfarçadas em corpos de adultos, tudo para que sejam respeitados pela classe dita in da cultura. Mais uma vez o tema centro das atenções misturado com a falta de conhecimento e auto-estima. Tudo junto resulta em pessoas mesquinhas, patéticas e cruéis.

Aviso #8: Pessoas que sentem que andam a toda a hora de mãos dadas com a razão. Já conheci pessoas bastante idiotas, que criam versões de uma história e as suas próprias fantasias, para que a culpa caia nas mãos de outros e a razão se mantenha do seu lado a todo o custo. Esteja preparado se conhece um par de idiotas assim também, a culpa vai um dia destes cair-lhe nas mãos. Assim que tente mostrar a essa pessoa que ela não está certa, prepare-se, eles vão virar-se contra si, tentando impor esse sentimento a todos os que eles conhecem e a quem se cruzar no seu caminho. Da melhor pessoa no mundo passa a terrorista, adorador do Diabo, assassino, e ordinário(a), entre outros nomes mais baixos, tudo para mostrar aos outros a tua falsidade, quando na realidade eles é que estão a mentir. Mas o problema maior nestas pessoas não é a mentira. É o facto de eles próprios acreditarem em si de tal forma que tomam atitudes e proferem frases que você não pensaria ser possível . Vivem esses factos como se a mentira fosse, na realidade, uma verdade.

Aviso #9: Tenha cuidado de pessoas que não assumem a responsabilidade dos seus actos. Mesmo quando as atitudes erradas foram por elas tomadas, essas pessoas tendem a atirar a culpa para os outros. Constantemente criam desculpas para todas as suas acções ou falta delas. Ou mesmo quando assumem que poderão ter feito algo, foi só porque alguém ou algo os levou a isso, ou porque têm ou tiveram uma vida muito dificil e são pessoas muito nervosas. Rwagiram apenas a circunstâncias, que na maior parte dos casos nem aconteceram, são meras invenções para que a culpa não seja delas mas sim dos outros. Sempre dos outros.Deturpem  detalhes, inventam personagens, frases, telefonemas, o que for preciso. Elaboram histórias tão incrivelmentes estranhas que quando as escutar (você que até sabe da verdade) vai pensar “Desculpem lá, mas onde está o sentido nisso?”. O problema é que cria na maior parte das pessoas a ideia de “A serio? Ele/Ela fez-te isso? Deus meu, deves ter sofrido muito, realmente essa pessoa é um monstro...”. Claro que um diz sempre que tendo a consciência tranquila, o que os outros pensam ou falam, não importa. Mas no fundo incomoda. E muito. E esse é o poder das pessoas patéticas e medíocres.

Aviso #10: Pessoas teimosas. Não o teimoso saudável, mas os que insistem e persistem em algo sem ter em consideração o que isso pode causar. Normalmente persistem em coisas que pela lógica seriam de não teimar. Mas fazem-no só porque podem, só porque querem ir contra ti e para te mostrar que o vão fazer e que te conseguem desafiar e ir contra o que tu pedes ou dizes; para te provocar. Podem ser coisas pequenas, como por exemplo, sacudir uma toalha com vidros da varanda para a rua, apesar de tu dizeres que isso é errado porque podem magoar alguém. Ou coisas grandes como invadir a tua privacidade sem te bater à porta, apesar de milhares de vezes dizeres que isso te incomoda, passando pelas tentativas sussecivas de tirar a autoridade de um pai sobre o filho ou de um trabalhador sobre si mesmo. No fundo não é teimosia, trata-se de falta de respeito que demonstra uma total falta de carácter. Falta de importância, da tua importância. Não és importante para essa pessoa, mesmo que ela insita em dizer a todo o mundo o contrário. Ela/Ele pode fazer tudo o que quer, acabando sempre por te ignorar, ao ignorar o que é melhor para ti e, na sua cabeça não há problema nenhum nisso. Facilmente podem substituir-te ou dar mais importância a qualquer pessoa, coisa ou facto do que a ti. Facilmente passas a segundo plano ou melhor a vigésimo plano e por aí abaixo. Mas é assim com essas pessoas. Sejam elas teus familiares, meros conhecidos ou teus “melhores” amigos. Estas são as patéticas e medícores pessoas.

Mas na realidade, não está tudo bem. As pessoas até podem aguentar bastantes coisas por respeito a terceiros, por não querer discutir nem se opor a amigos ou familiares, para não criar mau ambiente, mas chega a um ponto que a paciência esgota e, até a melhor pessoa no mundo, deixa de a ter. E vocês, pessoas patéticas e ignorantes, nunca têm em consideração dois aspectos importantes, que resultam directamente das vossas acções e palavras:

Primeiro: Vocês estão a magoar pessoas. Alguém que realmente vos ama ou tenta amar e aguentar da melhor forma os vossos defeitos. Alguém que sofre quando vos fazem mal, mas pior vai sofrer muito mais e para sempre por aquilo que vocês lhes estão a fazer. Vocês estão a quebrar a confiança que alguém teve a paciência e sentimento de partilhar convosco. Não tendo em conta essa pessoa e o que ela sente, quando deveria ser essa a que mais deveriam respeitar. Se conseguirem parar por uns segundos e pensar, não pensam que será dificil emendar os danos criados nesse relacionamento, voltar a trás nas acções e palavra proferidas a e sobre essa pessoa?
Segundo: Talvez não se apercebam o que no fundo estão a fazer contra vós mesmos e contra os outros, talvez nem nunca se apercebam. Mas, o tempo encarregar-se-á de vos mostrar. Vão acabar sózinhos, ou rodeados com pessoas iguais a vocês, que tal como vós, serão capazes de vos virar as costas, de vos trair, de vos usar e humilhar, assim como vocês sempre fizeram aos demais, que eram na realidade os vossos únicos amigos. Os únicos que se importaram convosco e por isso foram contra as vossas teimosias ridiculas, que ignoraram a vossa ignorância, a vossa boca enorme , as vossas falhas do passado e do presente. Que vos ajudaram e apoiaram, enquanto vocês só as usavam eas desrespeitavam.

Realmente não consigo entender o que este tipo de pessoas tem na cabeça, se é que têm algo... Só sei que tudo isto me magooa. A mágoa é grande quando sofro nas suas mãos, mas é maior ainda quando alguém que eu gosto cai na esparrela, ou é trazida a conversas das auqias nada têm a ver. Mas o que me custa mais saber é que, apesar de eu já ter passado por muitos destes jogos, vou cair de novo. Porque surge sempre mais um para estragar tudo. E, com 29 quase 30 anos, eu ainda não consegui aprender a não confiar em todas as pessoas. Talvez deixe de levar as coisas tanto a peito, porque me começo a acostumar e a dor deixa de ser tão intensa. Mas a questão é que deverei apanhar mais peixes podres no mar. Quando perdi o meu pai e os meus avós pensei que depois disso nada mais me poderia magoar, mas a realidade não é bem assim.

O que me faz não desistir são as pessoas de carácter que tenho conhecido e que têm enriquecido a minha vida. Como a minha família, os meus verdadeiros amigos. Esses sim, a sua imensa paixão pela vida, a sua grandeza, honestidade e a sua lealdade e amizade fazem tudo valer a pena e ajudam a esquecer essas pessoas patéticas, que da nossa parte só merecem desprezo!