Medíocres e Patéticas Pessoas

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quarta-feira, maio 11, 2016

Não sou mulher de carreira

Não sou mesmo mulher de carreira, nem tenho vergonha de o admitir. 
A minha família vem primeiro que a minha vida profissional. Mesmo que para muitas mulheres esse tipo de sentimento nos faça parecer menos mulheres. 
Não sou menos mulher por ser assim. Não sou menos nem mais. Sou mulher e é a minha opção querer ficar mais tempo em casa com o meu filho. Não deveria ser menosprezada, nem julgada por isso.
Nem dissuadida a fazê-lo por ninguém! Também não procuro ser idolatrada por isso. 
Mas acho que cada um faz o que quer da vida. E, a meu ver, preocupar-me mais se o meu filho é feliz e estar com ele o tempo que posso, é para mim a melhor opção. 
Pena tenho de não poder ficar o tempo todo com ele. Ter de trabalhar ainda praticamente a tempo inteiro, (se bem que parte do dia trabalho a partir de casa) faz-me sentir menos concretizada, do que conseguir aquele mega emprego onde possa chefiar uma equipa e viajar pelo mundo, mostrando minhas ideias em reuniões com pessoas de falsos sorrisos; passar mais tempo com estranhos do que com quem amo, soa-me forçado. Mas não julgo quem o faça.
Cada um deve escolher as suas prioridades. A mulher que quer seguir a sua carreira (se isso a faz feliz), deve ser um motivo grande de orgulho, assim como a mulher que se sente plena a ocupar-se da suas casa e da sua família.
Não vejo que isso tenha de antiquado, nem de retrógrada. São apenas prioridades e sentimentos diferentes. Maneiras de viver e ver mudo diferentes.
Ambas terão de ser respeitadas e nenhuma pode ser mais valorizada ou mais criticada que a outra.
Por isso mesmo que o mundo continua a ser dos homens. Não por eu escolher ficar em casa, mas pelas próprias mulheres se criticarem umas às outras e não conseguirem apoiar-se nem conviver numa simplicidade harmónica, como os homens, cujo único motivo de desentendimento será o clube de futebol que cada um tem e mesmo assim conseguem ser amigos.
Por isso minhas queridas, parem de pensar que alguém que quer estar mais tempo com os seus filhos será mais frustrada ou menos concretizada que vocês que não optam por esse caminho. Nem o contrário! 
Cada um é como é. 
Por muito stress que possa às vezes ter, suporto muito melhor a birra do meu filho do que a do meu chefe. Porque o chefe não é família! Porque fui eu que decidi trazer o meu filho ao mundo sem ele me pedir, por isso cabe a mim atura-lo! E eu gosto! Se ao contrário de mim, há quem prefira o trabalho muito bem! Ninguém aqui está a querer atirar pedras a ninguém! 
Por opção não, não sou mulher de carreira sou mulher de família e adoro!